Proibição do casamento gay é aprovada em reforma da Constituição da Rússia

Os materiais promocionais da emenda ocultaram o fato de que a presidência de Putin foi efetivamente prorrogada por mais duas décadas.

Fonte: Guiame, com informações do Washington ExaminerAtualizado: quinta-feira, 2 de julho de 2020 às 15:18
Reforma constitucional, validade por 77,92%, permite que Putin permaneça no poder até 2036. (Foto: Reproduçlão/DW)
Reforma constitucional, validade por 77,92%, permite que Putin permaneça no poder até 2036. (Foto: Reproduçlão/DW)

Os russos votaram na quarta-feira (01) a favor de um referendo para uma série de emendas constitucionais, uma das quais definiria o casamento apenas entre um homem e uma mulher.

A reforma constitucional foi validade por 77,92% dos votantes. Além domatrimônio como instituição heterossexual, a propsota inclue outras medidas, como a inclusão na Constituição da "fé em Deus" e princípios sociais como a garantia do salário mínimo e a revisão das pensões de acordo com a inflação.

O referendo, aparentemente destinado a restaurar a "proteção da família" russa, também mudou a constituição da Rússia, para que o presidente Vladimir Putin possa manter o poder até 2036. A lei russa já não permite o casamento gay.

A nova emenda codifica uma "defesa da instituição do casamento como união de um homem e uma mulher; a criação de condições para uma educação decente dos filhos na família, bem como das responsabilidades dos filhos adultos em cuidar dos pais."

Um livreto oficial do estado que promove as emendas as enquadra como recentes na Rússia sobre "valores familiares tradicionais", afirmando "o casamento como uma união de homem e mulher, respeito pelos filhos aos mais velhos, confiança e cuidado de todas as gerações de uma família."

Os materiais promocionais da emenda ocultaram o fato de que a presidência de Putin foi efetivamente prorrogada por mais duas décadas.

A última vez que os russos votaram para alterar sua constituição foi em 1993. Putin propôs as emendas em março, enfatizando o casamento como uma "união de um homem e uma mulher", e novas referências oficiais a "ancestrais que nos legaram seus ideais e crença em Deus."

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