Mais de 400 funcionários deixam clínicas de aborto: "É anormal manipular órgãos de bebês"

Uma organização pró-vida dos EUA está dando todo o apoio a funcionários de clínica de aborto que estejam em conflito com sua profissão.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018 às 14:36
Militantes pró-vida participam de protesto contra o aborto, nos EUA. (Foto: Pro-Life Action League)
Militantes pró-vida participam de protesto contra o aborto, nos EUA. (Foto: Pro-Life Action League)

Muitos profissionais da indústria do aborto estão abandonando as clínicas onde trabalham e um grupo criado exatamente com este propósito está sendo surpreendido por seu próprio sucesso.

Abby Johnson, cristã e chefe da organização 'And Then There Was None', está focada em acabar com os abortos, ao deixar a indústria sem funcionários para que ela se mantenha.

Em um encontro recente, no qual a capital dos EUA, Washington, foi inundada por profissionais e militantes pró-vida que participaram da Marcha pela Vida anual, Johnson falou sobre querer despovoar a indústria do aborto, depois que ela mesma deixou seu emprego como gerente da 'Planned Parenthood' - maior ONG abortista dos EUA - e tornou-se uma defensora pró-vida.

Ela esperava convencer cerca de uma dúzia de funcinários a fazer o mesmo que ela, mas conseguiu 419. Abby explicou que não é fácil propor a alguém que simplesmente peça demissão de seu emprego.

"Tentar convencer as pessoas que trabalham na indústria do aborto a saírem e passar para o lado pró-vida é uma proposta difícil", disse ela.

Johnson ainda tem dificuldade de acreditar à medida que o número de demissões vai aumentando.

"Nós somos até 419 funcionários de clínicas de aborto que deixaram essa indústria e hoje fazem parte da nossa organização", disse ela à CBN News. "E também tivemos sete médicos em tempo integral que deixaram a indústria do aborto".


"Não quero participar de mais um aborto"

A enfermeira Shelley Guillory, de Lafayette, Louisiana, admitiu que ela teve que lutar contra suas próprias crenças para participar dos muitos abortos que assistiu.

"Internamente foi um conflito. E isto começou a ficar cada vez mais intenso, até que eu simplesmente não podia estar mais lá", contou ela.

Uma súbita tragédia familiar - a morte de seu filho de 20 anos - levou-a a tirar três meses de licença da clínica, mas um militante pró-vida e conselheiro mostrou compaixão por ela, quando ela voltou.

Guillory disse à CBN News que o homem a abordou, dizendo: "O que você está fazendo de volta aqui? Nós pensamos que você tinha se demitido'. E eu disse que 'não, meu filho faleceu, então eu estava de licença'. E ele reagiu, dizendo algo como 'oh, sinto em ouvir isso. Meu desejo era que você não voltasse".

"Lembro-me de voltar para a clínica, pensar um pouco e dizer: "Eu também não quero estar aqui e não quero participar de mais um aborto", lembrou ela.

Naquele mesmo dia ela se demitiu. Em seguida, a organização pró-vida de Abby Johnson se apressou em ajudá-la.

"Eles me ajudaram com as finanças temporariamente até eu conseguir encontrar outro emprego e me deram apoio emocional. Me ajudaram a refazer meu currículo", explicou Guillory.


"A culpa te pega no intestino"

Guillory realmente precisava desse apoio emocional depois de participar de todos esses abortos.

"A culpa te pega no intestino, onde menos espera", revelou. "Como eu poderia ter participado de algo que eu não teria escolhido para mim ou para minhas filhas?".

Abby Johnson entende a culpa que muitos desses funcionários das clínicas de aborto sentem todos os dias.

"É anormal convencer uma mulher a tirar a vida de seu próprio filho", disse ela. "É anormal fazer as mulheres se colocarem contra seus filhos. É anormal manipular os órgãos de bebês".


Má reputação

Um problema que alguns funcionários que se demitem da indústria do aborto enfrentam é que eles acabam tendo uma reputação sombria e de má qualidade, muitas pessoas não querem contratar aqueles que já trabalharam nela. Então, Johnson está fazendo também um trabalho de conscientização junto a empresas - especialmente clínicas e hospitais - para superar esse preconceito e entrar em contato com sua organização, para saberem como podem contratar estes ex-funcionários abortistas.

"Porque queremos ter colocações em todo o país onde podemos dizer para os funcionários de clínicas de aborto: 'Ei, pode se demitir, eu tenho um emprego para você hoje".

Johnson não apenas agradece aos locais de trabalho que se juntaram à sua organização, mas também aos doadores anônimos.

"Nós não temos um Warren Buffett para nos milhões de dólares", disse Johnson com um sorriso.

Para aos médicos, enfermeiros e outros trabalhadores que podem estar duvidando se eles deveriam estar no mundo do aborto, a enfermeira Annette Lancaster, que também se demitiu de uma clínica de aborto tem uma mensagem especial.

"Eu diria que eles definitivamente devem ouvir a súplica de seus corações. Eles devem ouvir a Deus", ela disse à CBN News.

 

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