Pastor é morto a tiros por hindus ao sair de culto, na Índia

Sultan Masih estava saindo de um culto quando foi alvejado por dois homens que estavam em uma moto, com os rostos cobertos.

Fonte: Guiame, com informações do Charisma NewsAtualizado: segunda-feira, 17 de julho de 2017 às 17:40
Segundo seu filho, o pastor era conhecido por não ter inimizade com ninguém. (Foto: Reprodução).
Segundo seu filho, o pastor era conhecido por não ter inimizade com ninguém. (Foto: Reprodução).

O pastor de uma igreja em Ludhiana, na Índia, foi morto a tiros por dois homens que estavam de moto do lado de fora da igreja (que fica em Salem Tabri), por volta das oito horas da noite. Testemunhas disseram que dois jovens armados e com os rostos cobertos dispararam contra Sultan Masih.

O pastor levou um tiro na cabeça e mais duas balas penetraram em seu peito. O ataque foi registrado por câmeras instaladas na igreja. No entanto, a filmagem ficou escura demais para identificar os assassinos. Duas pessoas que presenciaram o crime informaram aos membros da família do pastor e a outros da igreja. Muitos correram para ajudar Masih e tentaram estancar o sangue. Eles o levaram ao hospital mais próximo.

Os médicos do Dayanand Medical College & Hospital (DMC) em Ludhiana declararam a morte do líder logo na chegada. Masih deixou sua esposa Sarbjit, seu filho Ali Shah, 26, e a filha Hanok, 18. A família vive no primeiro andar do prédio da igreja.

Seu filho, Rahul Masih, disse que o pai estava no comando da igreja há 30 anos e não tinha inimizade com ninguém. Uma investigação policial que está em curso confirmou o fato de que o pastor não é conhecido por ter inimigos. Os cristãos locais acreditam que este foi um ataque de ódio baseado na crescente perseguição dos cristãos na Índia.

Protesto

No domingo pela manhã, às 10h30, centenas de cristãos protestaram e bloquearam a GT Road, conhecida como Rodovia Nacional 1, em Salem Tabri por mais de 5 horas. A manifestação terminou por volta das 15h30. Eles se recusaram a liberar o corpo de Masih até que a polícia concordasse em realizar uma investigação policial completa para levar os assassinos à justiça.

O protesto levou a uma paralisação no trânsito e os veículos que viajavam para o lado de Jalandhar tiveram que desviar para outras rotas. Incidentes de perseguição de cristãos na Índia aumentaram ao longo do ano passado, fazendo com que o país ficasse em 15º lugar na lista mundial de perseguição do Ministério Portas Abertas.

A Índia experimentou um enorme aumento de ataques à sua minoria cristã em 2016. Os ataques aos cristãos são liderados por nacionalistas hindus agindo em grande parte com impunidade, sendo uma preocupação crescente desde a eleição do presidente Narendra Modi em 2014. Ataques como o do pastor Sultan Masih marcam uma característica contra os cristãos.  Pouco mais de 2% da população do país é cristã, E quase 80% são hindus.

Uma vez que a eleição de autoridades nacionais e provinciais de Modi permite tacitamente a perseguição de cristãos privados na Índia, os nacionalistas religiosos se sentem na permissão de atacar os crentes em Jesus. Os nacionalistas tentam cada vez mais converter os não-hindus à sua fé dominante, dispostos a usar a violência. Os cristãos enfrentam enormes problemas socioeconômicos, uma consequência de décadas de opressão.

Ataque à liberdade religiosa

Wilson Chowdhry, presidente da British Christian Association, disse: "Este ataque não foi provocado apenas a um pastor cristão, mas a todos os membros de sua congregação. Podemos dizer que é um ataque à liberdade religiosa e ressoa com o ódio que os cristãos enfrentam diariamente em uma nação que está se tornando cada vez mais polarizada sob o governo de Modi”, disse.

"O nome do pastor Sultan Masih é adicionado a uma crescente lista de mártires cristãos em todo o mundo, e vou orando pelo socorro a sua família e amigos. O aumento dos ataques aos cristãos na Índia é motivo de preocupação internacional. No entanto, desde o fim do boicote diplomático de 10 meses de Narendra Mohdi em 2012, a Grã-Bretanha criou fortes laços diplomáticos com ele. Fermentando a falta de vontade para condenar as atrocidades conhecidas dos direitos humanos sob o seu regime”, finalizou.

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