Pastor denuncia youtubers que distorcem a imagem de Cristo: "Infantilizam o Evangelho"

Yago Martins alertou sobre canais cristãos do YouTube que tratam do Evangelho de forma inapropriada e infantil.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 28 de agosto de 2017 às 15:15
Yago ressalta a importância de se dar um bom testemunho. (Foto: Reprodução).
Yago ressalta a importância de se dar um bom testemunho. (Foto: Reprodução).

O pastor e teólogo Yago Martins fez um alerta aos youtubers cristãos sobre o tipo de conteúdo gerado em seus canais. Ele elogiou o fato de jovens estarem se apropriando do espaço para falar de Jesus, mas fez ressalvas quanto a forma com que muitos deles têm usado. Muitas vezes infantilizando o Evangelho e infelizmente até fraudando o próprio Youtube. O vídeo publicado na manhã desta segunda-feira (28) no canal “Dois Dedos de Teologia” explica em sete pontos como tais ações podem ser prejudiciais.

Yago inicia falando sobre a forma como muitos estão representando Cristo. “Representatividade naquilo que é bobo. O cristão sempre teve interesse de ocupação de espaço. Se engajar na cultura, estar relacionado com o mundo a sua volta. E de ser representativo. Tem cristão na política, economia, nas artes. Mas, infelizmente muitos cristãos têm tentado ser representativos em coisas que não são muito boas e acabam misturando em seus canais conteúdos devocionais, teológicos com bobagens da cultura de forma geral. Torta na cara, marido maquiando mulher, tags, lendo a Bíblia em uma piscina de nutella”, disse o pastor.

“Os youtubers cristãos se dão ao luxo de poder misturar tipos diferentes de conteúdos. O problema disso na plataforma é que você confunde o público, que atrela duas coisas de uma forma só. O cara que tem um canal desse tipo sempre quer o melhor dos dois mundos. Ele quer a liberdade de ter um canal pessoal e postar o que quiser, mas ele acaba querendo que o público responda a ele como um ministro, um pregador do Evangelho. A mensagem sempre vai ser: ‘Ah, o nosso canal serve para mudar a vida das pessoas’. Mas no fim das contas você tem a liberdade de postar a besteira que você quiser”, alertou.

Comportamento

Yago ainda ressalta o fato da importância de se dar um bom testemunho. “Você não fala só pelo o que você diz na oralidade, você fala também pela forma como se comporta. Se você se comporta de uma forma ímpia, aquilo que você diz para as pessoas é impiedade. Não adianta você defender pautas do Evangelho, certas aplicações cristãs, ter um canal de teologia, política, cultura e não se comportar com graça, amor e misericórdia. Você está dizendo para as pessoas que o cristianismo é isso. Você acaba estragando muito do trabalho pastoral”, colocou.

“Você acaba ensinando que está tudo bem em ter um comportamento reprovável desde que você defenda a pauta certa, esteja na igreja certa. Isso também é um desserviço. Isso é um alerta para os cristãos. Reproduzir padrões morais de youtubers que você assista, que falam da pautas cristãs, mas não têm um comportamento cristão é copiar a impiedade”.

Fraude das tags

De acordo com Yago, tags “é uma série de palavras que você coloca no seu vídeo, que geralmente o público não vê, mas que dá para o sistema do YouTube ao que o seu vídeo está relacionado”. Ele explica que as tags ajudam a colocar os vídeos em certos ambientes que usam justamente esse recurso para direcionar melhor os vídeos. “Você coloca tags sobre o tema dos vídeos e assuntos relacionados que não aparecem no título. O YouTube tem uma política de tags muito séria. Se você coloca no seu video tags que não são relacionadas àquilo que os vídeos realmente significam é fraude no contexto do YouTube. Se de alguma forma as tags do seu vídeo não representam o conteúdo de fato, você pode perder o vídeo, o YouTube interpreta isso como um ato de mentira, de enganação”, denunciou.

“Esses youtubers não estão só recebendo o tráfico de visualizações indevida, mas também estão estragando aquilo que a plataforma significa de forma a estragar todo o YouTube e prejudicar absolutamente todo produtor de conteúdo na internet. O YouTube nos convida a denunciar esses canais. A reflexão que fica é, vale a pena você mentir para ganhar visualizações? Mentir e estragar uma ferramenta para receber mais destaque e receber mais dinheiro? Pelo o que mais você mentiria? Que outros pecados você cometeria e se sujeitaria para receber algum benefício pessoal nesse processo?”, reflete o pastor.

 

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