"Policiais fecharam nossa igreja, mas hoje temos um avivamento", conta pastor chinês

O pastor Xiang En destacou que o fechamento da igreja que ele liderava não intimidou suas ovelhas, que estão ainda mais encorajadas em sua fé.

Fonte: Guiame, com informações da Portas Abertas (EUA)Atualizado: quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020 às 12:25
Mesmo após terem igreja fechada pelo regime comunista, cristãos são ainda mais encorajados em sua fé. (Imagem: Portas Abertas - EUA)
Mesmo após terem igreja fechada pelo regime comunista, cristãos são ainda mais encorajados em sua fé. (Imagem: Portas Abertas - EUA)

Logo depois que centenas de policiais invadiram sua igreja na China, o pastor Xiang En pregou sobre a poderosa passagem bíblica de Apocalipse 3:8, que diz: “Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome”.

A Missão Portas Abertas recentemente o entrevistou e ouviu a história de sua igreja e as provações pelas quais os cristãos estão passando no país que vive sob um regime comunista.

O pastor contou que seu próprio testemunho é uma história de quem foi resgatado de uma doutrinação comunista e liberto pelo Evangelho.

"É difícil imaginar a minha vida no passado. Eu digo que fui uma 'criança vermelha'. Eu era comunista, ateísta, marxista. A minha conversão pode propriamente ser resumida em um versículo bíblico: Isaías 1:18. 'Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão'”, contou.

“Esta cor, vermelha, tem duplo significado para mim, pessoalmente. Minha vida era dominada pela autoridade vermelha, o regime comunista”, acrescentou.

Xiang En contou o que aconteceu quando recusou a ordem do governo de instalar câmeras de reconhecimento facial dentro do santuário de sua igreja, para que assim agentes comunistas pudessem controlar mais a congregação.

“O clima para cristãos na China é como um inverno amargo. O governo quer instalar câmeras de reconhecimento facial no nosso santuário. É claro que nós recusamos. Então, eles instalaram câmeras no lobby do prédio da nossa igreja”, contou.

“Essas câmeras podem reunir dados privados dos membros de nossa igreja. Então, podem perseguir esses membros. O governo vai intimidá-los, em seus empregos, suas casas, a educação de suas crianças… tudo isso para impedir que eles frequentem a igreja”, acrescentou.

Em 2018, essa nova regulação sobre a religião surtiu efeito. Muitas proeminentes igrejas e também congregações doméstica da China foram fechadas.

“Centenas de policiais invadiram nossa igreja destruíram nosso prédio, colocaram os pastores sob vigilância e fecharam nossa igreja”, relatou o pastor.

O nível de perseguição religiosa na China está em seu pior nível, desde a revolução cultural dos anos 60 e 70. Mas segundo o pastor isto só tem intensificado a fé dos cristãos em sua igreja.

“Nós estamos unidos agora, mais do que nunca. Nós temos um avivamento em nossa igreja. Muitos de nossos irmãos e irmãs estão sendo encorajados por esta experiência, mesmo em severa perseguição”, disse.

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