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Israel

Após críticas por silêncio, Biden diz a Netanyahu que Israel tem ‘direito de se defender’

Em conversa por telefone com Netanyahu, Biden disse que Jerusalém “deve ser um lugar de paz”.

Fonte: Guiame, com informações da ABC News, Reuters e JNSAtualizado: quinta-feira, 13 de maio de 2021 às 14:33
Benjamin Netanyahu e Joe Biden, quando era vice-presidente dos EUA, em 9 de março de 2010. (Foto: Michel Euler/AP)
Benjamin Netanyahu e Joe Biden, quando era vice-presidente dos EUA, em 9 de março de 2010. (Foto: Michel Euler/AP)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, rompeu o silêncio sobre os conflitos entre israelenses e palestinos na quarta-feira (12), após ter uma conversa por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Minha expectativa e esperança é que isso acabe mais cedo ou mais tarde, mas Israel tem o direito de se defender”, disse Biden a repórteres na Casa Branca.

Uma declaração da Casa Branca sobre a conversa entre Biden e Netanyahu informa que o presidente americano condenou ataques de foguetes do Hamas e outros grupos terroristas contra Jerusalém e Tel Aviv.

Biden transmitiu a Netanyahu “seu apoio inabalável à segurança de Israel e ao direito legítimo de Israel de defender a si e a seu povo, enquanto protege os civis”. 

Ele compartilhou sua convicção de que “Jerusalém, uma cidade de tamanha importância para as pessoas religiosas de todo o mundo, deve ser um lugar de paz”. 

Os dois líderes concordaram em manter um relacionamento estreito entre suas equipes, através dos ministros das Relações Exteriores, ministros da Defesa e assessores de segurança nacional. O governo Biden disse ainda que tem mantido contato com Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para tentar resolver o conflito.

Biden sob críticas

Antes da ligação de Biden, políticos americanos e seu antecessor, Donald Trump, criticaram o presidente por seu silêncio.

“Sob Biden, o mundo está ficando mais violento e mais instável porque a fraqueza de Biden e a falta de apoio a Israel está levando a novos ataques aos nossos aliados”, disse Trump em comunicado na terça-feira (11).

O ex-presidente disse ainda que, em seu governo, os “adversários de Israel sabiam que os EUA estavam fortemente com Israel e que haveria uma rápida retribuição se Israel fosse atacado”.

“O Hamas viu Biden rebaixar nosso relacionamento com Israel e, em seguida, restaurar o financiamento para a Autoridade Palestina e a agência mais corrupta da ONU”, disse Nikki Haley, que foi embaixadora de Trump nas Nações Unidas, em post no Twitter.

“Agora, eles o estão testando. Enquanto foguetes terroristas caem sobre civis israelenses, Biden não está em lugar nenhum”, criticou Haley.

Eytan Gilboa, especialista em política dos EUA no Oriente Médio da Universidade Bar-Ilan em Ramat Gan, disse ao JNS que a “imparcialidade está trabalhando a favor dos terroristas”.

“Esta é uma repetição completa da política do governo Obama no conflito israelense-palestino”, disse Gilboa. “As declarações fortalecem o Hamas e a Jihad Islâmica e enfraquecem Israel”.

Gilboa também criticou a falta de reconhecimento do governo Biden sobre o envolvimento direto do Irã nos atuais ataques a Israel. “O silêncio americano sobre o envolvimento do Irã em Gaza é chocante”, disse ele. “Eles estão tão ansiosos para assinar outro acordo nuclear que não querem antagonizar o Irã”.

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