Perdão e Casamento

Perdão e Casamento

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:12

Deus criou o relacionamento conjugal:

Uma relação única na experiência humana - Não há nenhum outro relacionamento tão íntimo e gratificante. O casamento nos obriga a viver com outra pessoa na mais íntima união conhecida pela humanidade. Essa intimidade pode ser intimidante.  Somos obrigados a revelar o nosso verdadeiro eu, muitas vezes com medo de sermos rejeitados. Uma vez que vencemos o medo da transparência, descobrimos que não existe relação mais maravilhosa e prazerosa. Nessa união divina, temos a oportunidade de perdoar e amar como Deus nos ama. 1. Perdoar é uma escolha!

O perdão é maior prova de amor no casamento. O perdão dá oportunidade ao outro de ser hoje quem não era ontem. Perdoar liberta tanto o ofensor quanto o ofendido. Você se lembra da história da prostituta arrependida que banhava os pés de Jesus com as suas lágrimas e enxugou-os com seus cabelos (Lucas 7.36-50)? Depois que ela realizou esse ato de respeito e amor, Jesus contou a história de dois homens que deviam dinheiro a um mesmo credor.  Um devia 500 denários, e o outro apenas 50. A história revela muita coisa.

A dívida do primeiro era enorme, impagável, não havia nenhuma possibilidade dele quitar a dívida. O único meio de o devedor ser livre da dívida, era receber o perdão do credor. O credor, graciosamente, tinha que cancelar a dívida. Ao contar a história, Jesus fez a seguinte pergunta: "Qual dos homens será mais agradecido ao credor?" A resposta é óbvia - aquele que foi perdoado da maior quantia. Perdão gera o amor na sua forma mais plena. Quem muito é perdoado, muito ama.

2. Devemos perdoar ainda que os erros sejam repetitivos (Mateus 18.19-21).

Perdão generoso, ainda que ajam faltas reincidentes, gera amor profundo e duradouro. Perdoar “setenta vezes sete” significa perdoar sempre. No casamento, determinadas infrações serão repetitivas - conte com isso! Alguns casam com uma lista pronta das coisas que seu cônjuge tem que fazer ou não fazer. As exigências podem levar o outro à borda da insanidade. Cada pessoa tem seus hábitos, alguns irritantes, que mesmo depois de casados, são persistentes, não importa o que o outro diga ou faça! Perdoar é essencial para o crescimento, amadurecimento e mudança do relacionamento. 3. Não contabilize erros, perdoe imediatamente (Efésios 4.26,27).

Todo casal deveria ter Efésios 4.26 gravado numa placa bem visível acima da  cama: "Não deixe o sol se por, enquanto você ainda está zangado." Ou parafraseando: "Perdoe ou perca o sono!" A mensagem é clara - não durma até esclarecer tudo o que tem  prejudicado o seu relacionamento durante o dia. O fluxo de adrenalina que alimenta a raiva os manterá acordado.

Quem adia ou deixa o perdão:

Permite que o desejo de perdoar acabe. Permite que o coração endureça e permaneça fechado. Permite que os afazeres do dia a dia impeçam a reconciliação. Permite que interferências negativas. Permite a ação do diabo. Quem não conversa e perdoa rapidamente - especialmente antes de o dia terminar faz dívidas enormes e em longo prazo. Ou você paga suas contas ou as faz em curto prazo ou pagará um juros altíssimo pela sua teimosia.

Não permite os avanços do outro. A sua relutância acaba por incomodar o seu cônjuge que também se recusa a perguntar o que está acontecendo. O outro simplesmente se vira e dorme. Você não entende como o outro não se dá conta do que fez e fica mais zangado. A calma e “cara de pau” do outro é irritante. Você luta para conseguir dormir. Sua raiva cresce cada vez que você ouve o ronco. No dia seguinte você acorda sentindo-se mal.  A raiva não resolvida torna-se um ponto de apoio para o grande destruidor das famílias. Ao deixar de lidar com as ofensas, você deixa de agir sobre um princípio divino para agir sobre um princípio satânico. 4. O perdão sara, fortalece, e amadurece a união conjugal!

O casamento é diferente de qualquer outro relacionamento. Só no casamento podemos ser forjados em uma emocional e espiritual união física. Falta de perdão interrompe essa unidade em todos os níveis Falta de perdão perturba a unidade emocional. Pior de tudo, rompe sua unidade espiritual. Vocês vão parar de ler a Bíblia e orar juntos, ou praticarão as devoções como hipócritas, fingindo estar tudo bem - quando não está! Jesus advertiu-nos para não oferecer oferta no altar, quando houver algo entre nós (Mateus 5.23-24). Paulo nos instrui a examinar a nós mesmos antes de celebrar a ceia do Senhor (I Coríntios 11.27-29). Esse autoexame inclui os relacionamentos horizontais em especial a relação do casamento. Se seu casamento está em desordem, a sua capacidade de desenvolver-se espiritualmente está em perigo. Leia Pedro 3:1-7. O que Pedro 3.7 afirma? Quando o casal não se compreende e obedece a Palavra, suas orações são impedidas. A unidade do casamento depende de cada parceiro. Eles perdoam continuamente para restabelecer a sua relação única. O ato de perdoar faz o casal experimentar a graça de Deus enquanto dá um ao outro o que Deus tem graciosamente dado a cada um. Perdoar é a única maneira de manter a saúde e a unidade da relação. 5.  Aprendendo a se apaixonar de novo – a arte de manter um bom casamento!

Quando você se casou sua primeira emoção falou mais alto. Tudo culminou com uma lua de mel maravilhosa. Romance, paixão, celebração e prazer. Você estava certo de que nada poderia ficar entre você e seu cônjuge. O romance manteve as suas emoções alteradas e o amor superou os desentendimentos, a raiva, e a dor. Ora, se a paixão e romance eram mais fortes do que as dificuldades. Está claro o que precisamos fazer?

Mantenha acesa a chama do amor. O desejo de amar deve ser mais forte do que qualquer desentendimento. Aprenda a perdoar e buscar a cura emocional. Cuidado para que expectativas irreais do casamento o façam vulnerável. Não espere o romance continue como se fosse uma febre - a paixão existe - mas ela vem e vai. Quem não é capaz de perdoar e renovar o amor fará com que o casamento torne-se emocionalmente falido, emocionalmente morto. A maioria dos casamentos pode sobreviver a uma grande dose de estresse externo, mas poucos casamentos sobrevivem à morte emocional. Perdão, reconciliação e luta pela unidade são essenciais para a manutenção de um relacionamento emocional saudável. 6. Confrontar-se com cuidado e carinho.

Casamento exige uma relação de responsabilidade diante de Deus e do homem. O desejo de enfrentar um ao outro pode ser a nossa primeira linha de defesa, mas além de nos afastar um do outro, nos afastará de Deus. Quando um dos cônjuges nota que o outro está negligenciando as disciplinas espirituais deve motivar a mudança com delicadeza e doçura. Mas nunca use Deus e a Bíblia como uma marreta. A impaciência e a o “pavio curto” são sinais que a vida espiritual está ficando em segundo plano. Confronte com sensibilidade e sabedoria (Salmos 51.17, 34.18, Tiago 4.6-10). Não evite a confrontação quando alguma coisa que vai mal precisa ser abordada (Hebreus 3.9-13). Quem ama não permanece em silêncio quando o outro vive um padrão autodestrutivo ou prejudicial a sua família, ou a causa de Cristo. 7. A reconciliação é OBRIGATÓRIA!

O perdão é necessário em todos os nossos relacionamentos - mas o confronto e reconciliação dependem das circunstâncias e do agir do Espírito Santo. O casamento é a exceção.  Deus ordenou a unidade do relacionamento conjugal. Ele exige que os maridos e as esposas não apenas perdoem uns aos outros, mas também tomem todas as medidas necessárias para assegurar a reconciliação! Em muitos relacionamentos, pode haver uma lacuna entre o perdão e a reconciliação. Pode haver intervalos naturais de separação. São lacunas do tempo que nos proporcionam a oportunidade de colocar nossas emoções sob controle e gastar tempo meditando sobre o assunto para receber o toque do Espírito Santo que nos levará em direção à reconciliação. No casamento há exigências diferentes! O casamento envolve viver juntos para sempre. I Coríntios  7.1-5 nos ensina a viver juntos e partilhar unidade física juntos em uma base regular para evitar a tentação, só abstendo-se de união por curtos períodos de tempo e apenas para o jejum e oração; e assim mesmo se os cônjuges estão de acordo. O casamento não é um relacionamento casual. Devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que haja paz entre nós (I Pedro 3.11). É preciso cultivar uma relação que reflita o tipo de inquebrável, união de amor que existe entre Cristo e Sua Igreja (Efésios 5.30-32). No casamento, a reconciliação significa estar continuamente empenhado em proximidade,  união e parceria divina. Haverá ocasiões quando você precisa de espaço para lidar com conflitos interiores - mas, apenas o tempo suficiente para a questão ser resolvida. Deus ordena que os casados se reconciliem - Faça o que for preciso para que o seu casamento se mantenha forte e saudável. Siga a sua verdade - não as SUAS emoções! 8. PERDÃO - Um modelo para os seus filhos.

Seus filhos vão conviver com um mundo hostil.  Relacionar-se é dolorido.  Se eles não aprenderem a perdoar terão dificuldades irremediáveis. Um dos melhores presentes que você pode dar aos seus filhos é o espírito perdoador que você exemplifica e ensina. O casamento nos dá oportunidades diárias para incentivar e exemplificar perdão. Use a rivalidade entre irmãos para ajudá-los o que não significa manter um registro dos erros cometidos. Exija que eles peçam e recebam perdão. Podem fazê-lo de má vontade, mas aprenderão o que fazer em situações de conflito. Conclusões:

Aplicar essas verdades no meio das escaramuças das crianças é essencial, porém seu impacto é quase nada diante do seu exemplo como casal. Seus filhos precisam ver que vocês se amam o suficiente para perdoar sempre. Ao perdoar, seus filhos terão confiança e segurança para confessar erros e perdoar. A disposição de perdoar seu cônjuge torna-se uma ancora estável para o seu lar. Perdão e reconciliação são testados ao máximo entre marido e mulher. Confronto terá de ser abordado com o máximo cuidado. Não faça questão de estar certo, é a reconciliação que deve ser buscada e alcançada em sua totalidade. Faça o que a Bíblia diz! Confie em Deus e você vai vê-lo trabalhar. Silmar Coelho   é pastor; doutor em teologia e liderança pela Universidade Oral Roberts, EUA; empresário; terapeuta; conferencista internacional; e escritor de 20 livros, entre eles: ''Jamais desista'', Editora Vida e ''Transformando lágrimas em vinho'',  Editora MK.

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