Nesta terça-feira, 22 de julho, a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo deixou de atender casos de emergências e urgências em seu Hospital Central, na Santa Cecília, Centro de São Paulo, por más condições financeiras.
O problema na instituição, que diz ser o maior centro médico filantrópico da América Latina com 8 mil atendimentos diários em todas as suas unidades, é o ápice de uma crise que acontece também em outros hospitais filantrópicos no Brasil.
Administrado pelo Irmandade da Santa Casa, o hospital não cobra dos pacientes o atendimento e é financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). "A Santa Casa não cobra um centavo de ninguém. Ele é remunerada pelo SUS. E o Sistema Único de Saúde tem uma tabela que remunera cada procedimento. Essa tabela não é atualizada faz 10 anos", explica Kalil Rocha Abdalla, provedor da Santa Casa de Misericórdia, em entrevista à CBN.
A decisão de fechar as portas foi tomada porque falta o material básico como medicamentos, luva, seringa, remédio, insumos, em geral tudo o que é utilizado no pronto-socorro, de acordo com Abdalla.
Em comunicado, o Ministério da Saúde lamenta o acontecido e diz estar entrando em contato com a Santa Casa para decidir as providências a serem tomadas, mas nega que os valores repassados ao hospital se limitem ao pagamento de procedimento da tabela do SUS.
O governo estadual também diz prestar auxílio sistemático as Santas Casas. "Apenas para a Santa Casa de SP serão encaminhados 168 milhões em recursos extras do tesouro estadual neste ano, totalizando R$ 345 milhões em dois anos. A Secretaria da Saúde também vai oferecer ajuda à Santa Casa de SP no aperfeiçoamento e racionalização da gestão dos recursos financeiros encaminhados à instituição", afirma o governo do estado.
com informações do G1
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