"Rally da vida"

Terça passada fomos assistir aqui em Goiânia ao Superprime, (prólogo) da 17ª edição do Rally dos Sertões.  Este rally é o maior das Américas e o segundo do mundo (Dacar é o primeiro). Neste ano terá o maior percurso de sua história, com 5.000 quilômetros de Goiânia (GO) a Natal (RN) que prometem desafios aos pilotos de motos (57), quadriciclos (7), carros (47) e caminhões (07) nas trilhas. A prova deste ano atravessará sete estados brasileiros e conta com representantes de 11 países. Os veículos que disputam o Rally dos Sertões são divididos em categorias e sub-categorias, de acordo com o modelo do veículo, tipo de combustível, peso e o modo como são preparados para a prova.  Esta competição se caracteriza por uma corrida cross-country com muitos obstáculos e percursos desconhecidos onde os competidores devem realizar o melhor tempo entre os pontos de cada etapa (10). Acidentes, quebras e atrasos são inevitáveis. Durante a tomada de tempo para a largada (superprime) minha filha e eu fomos conhecer as estruturas de apoio e os veículos da competição. Ficamos impressionados com o que vimos.

Algo que me chamou a atenção foi a quantidade de instrumentos e computadores acoplados aos veículos. Os competidores recebem o percurso a ser percorrido a cada nova etapa. Em cada manhã ficam sabendo o trajeto que deverá ser desenvolvido e o tempo exigido para tal. Como não conhecem os lugares por onde passarão necessitam de instrumentos de localização (GPS) e aparelhos que consigam equacionar adequadamente a relação velocidade e tempo. Por isso, o piloto não compete sozinho, o navegador é imprescindível para o sucesso da trilha. A função de navegador é desenvolvida por alguém que viaja junto com o piloto, é parceiro constante durante o rally e sem o navegador o piloto fica completamente perdido. O navegador avalia as condições das trilhas, os caminhos alternativos, dá a localização exata e sem ele a vitória e a conclusão do percurso são impossíveis.

Enquanto participava daquele evento fiquei pensando que também estamos em um rally. Para muitos a vida é um sertão, em que áreas desertificadas sempre tentam desestabilizar a estrutura e dificultar a viagem (vida). Para alcançar a vitória os pilotos necessitam de uma equipe de apoio durante todo o rally, sozinhos não conseguem alcançar bons resultados. Levam combustível, mecânicos, alimentos, peças de reposição e estrutura de apoio, só assim podem enfrentar as adversidades da competição. No rally da vida também se faz necessário uma boa equipe, caso contrário, ficaremos pelo caminho. A família, os amigos e comunidade de fé (igreja) são os integrantes da nossa equipe. Precisamos deles. Quem tenta competir sozinho, fracassará. Como anda a sua equipe? Você tem valorizado os integrantes dela? Quanto mais forte for o grupo que nos apóia, mais certeza teremos da chegada abençoada. Interessante observar que não é só o piloto que é declarado campeão, mas toda a equipe celebra e festeja a vitória.

Somos os pilotos da nossa vida. Dirigimos e somos responsáveis pelos resultados que obtemos nesta trilha. Ao nosso lado tem um lugar reservado para o navegador. Ele é extremamente importante em nosso carro. Os competidores que decidem utilizar motos/quadriciclos correm mais riscos porque desempenham a função de piloto e de navegador simultaneamente. A melhor opção é escolhermos um veículo que tenha lugar para o navegador. Quem você escolherá para ser seu navegador? Eu já escolhi o meu: O Espírito Santo é o melhor Navegador. Ele conhece todas as trilhas, obstáculos e tem os melhores equipamentos. Quer entrar nesta equipe? O navegador garante a vitória final!

Com carinho,

Rev. Edinei Reolon

Edinei Beteli Reolon é pastor titular da Igreja Metodista Central em Goiânia (GO), superintendente Distrital de Goiás. Bacharel em Teologia (UMESP) e Administração de Empresas (PUCC). Pós-Graduado em "Especialização em Aconselhamento Pastoral" (UMESP).