Corvo ou pomba?

Corvo ou pomba?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Estamos voltando depois de 15 dias de férias. Tempo bom, descanso, alguns viram fotos que circularam por aí, mas o melhor das férias é voltar. Voltar para casa, para a igreja, para o trabalho, para o tempo de Deus.  

Voltar relendo o Gênesis, o princípio de tudo o que Deus fez e "viu que era muito bom"; a origem do pecado e suas conseqüências; as lindas histórias que culminam com José no Egito, o Espírito Santo governando a terra através de um jovem disposto a servir, a amar, a perdoar, a seguir adiante sem olhar atrás.

Mas no meio de tudo isto aparecem estes dois elementos: o corvo e a pomba. Lá na narrativa do dilúvio. Na hora de Deus, na hora de recomeçar, ambos são soltas pela janela da arca.

A arca representava a opção de Deus: comunhão - todos os animais estavam na arca; discipulado - tinham Noé como referência para sair ou entrar; adoração - tinham Deus como motivo da salvação da vida de cada um; serviço - tinham que cuidar uns dos outros e manter em ordem aquela arca que flutuava a quase seis meses; missão - tinham agora que povoar a terra segundo a vontade de Deus. Lá fora tudo estava em desordem, a água baixando, muita carne podre, de homens e animais, muita lama, muita sujeira.

A pomba foi solta, avaliou tudo aquilo e voltou para a arca, para a vontade de Deus. O corvo foi solto e viu o mundo: comida sem limites (estava tudo podre, mas não precisava compartilhar), espaço sem limites (não tinha teto, mas não precisava se submeter), liberdade (agora, quem precisava mais de Deus se a chuva passou?), podia fazer do jeito dele (que bobagem é esta de servir os outros e esperar na fila?), podia simplesmente deixar acontecer (minha missão eu mesmo decido, já sou grandinho o bastante!).

A pomba lembra José: abrindo mão do pecado, do mundo para agradar a Deus. O corvo lembra seus irmãos: inveja, mentira, planos que não incluem a glória de Deus. No ano de cura e libertação, vamos nos livrar de todo espírito de corvo, de todo prazer quando vemos o mundo, de toda falsa visão de liberdade, em nome de Jesus!  

Cleydemir Santos é pastor, psicólogo e teólogo em Minas Gerais. Trabalha com uma abordagem sistêmica, psicodramática, no atendimento de adultos e crianças.

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