Ser mula não basta

Ser mula não basta

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Eduardo Camargo

Nos campeonatos de futebol como brasileiro, paulista entre outro, para a felicidade geral de todos,as redes balançaram muitas vezes!

Os artilheiros fizeram a alegria das torcidas com as mais variadas coreografias.

Uma cena que se repetiu muito foi a de vários atletas que comemoravam seus gols, com os braços estendidos para cima e apontavam os dedos para o alto.

Que legal! Estes atletas são uma benção! É o que vem imediato à nossa mente.

Dos gramados para os púlpitos das igrejas, alguns atletas mantiveram sua boa performance.

Foram pregações inflamadas, onde muitas pessoas atenderam seus convincentes apelos.

Novamente somos levados a pensar; Que legal! Estes "atletas" são uma benção!

Sim. Eles são uma benção na vida de muita gente. Pela graça e bondade de Deus, várias pessoas tiveram suas vidas transformadas, como fruto da instrumentalidade destes atletas.

No "evangeliquês" afirmamos:" eles foram  usados por Deus ".

No entanto a palavra nos convoca a uma reflexão mais profunda dos fatos.

Não podemos perder a perspectiva de que Deus, como Soberano Senhor, reserva para si o direito de conduzir a história.

Ele permite que nos movamos em várias direções, mas só ele tem o poder de interferir e produzir o fim que ele deseja.

Jó o conhece muito bem e testemunha:" Bem sei que tudo podes e nenhum do teus planos pode ser frustrado (Jó 42: 2).

Desta forma, não podemos deixar de lembrar um momento curioso da história em que Deus faz uma interferência através de uma mula.

Ele usou uma mula para refrear a insensatez do profeta Balaão, que se alugava para fazer serviços religiosos, cobiçava lucro pessoal ( NU 22:23, Judas 11:2, 2 Pedro 2:15)

Comentou ironicamente um amigo " ainda hoje, Deus usa cada mula, que é brincadeira".

Portanto cabe a exortação de Davi:

"Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento..." Salmos 32:9.

Deus é Deus e por isso usa quem ele quiser.Tanto usou Isaias e Daniel quanto a mula e Nabucodonozor.

A questão é mais complexa do que parece: não basta ser usado, tem que ser aprovado!

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