Cuidado com as doze doenças mais comuns no verão

Cuidado com as doze doenças mais comuns no verão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:04
As condições climáticas do verão podem causar problemas capazes de arruinar as férias. Queimaduras solares, micoses, desidratação e surtos de doenças como a dengue e a leptospirose são mais comuns nesse período do ano. "Sol, falta de higiene e de saneamento básico são os principais responsáveis pelos problemas”, afirma o infectologista David Salomão Lewi, do Hospital Albert Einstein, em  São Paulo. "Como o calor favorece a proliferação de bactérias, é preciso redobrar os cuidados com a higiene, tanto pessoal quanto alimentar." O dermatologista Luís Fernando Tovo, do Hospital Sírio-Libanês, alerta ainda para os perigos da exposição ao sol. "O filtro solar é essencial para manter a saúde da pele e evitar danos imediatos ou futuros", afirma.
 
sol - pele
 
Bicho geográfico
Muitos donos de cachorro gostam de levar seus animais para a praia. Um dos problemas desse hábito é que as fezes dos cães podem estar contaminadas com o parasita "Ancylostoma caninum", causador do bicho geográfico. Em contato com a pele humana, a larva causa lesões avermelhadas que provocam coceira e se caracterizam por um contorno tortuoso, semelhante a um mapa. O tratamento da doença consiste na ingestão da dose única de um vermífugo.  
 
Fitofotodermatoses
Fitofotodermatoses são as queimaduras causadas pelo contato entre a pele e algumas frutas cítricas, como limão e maracujá, somado à exposição solar. Essas queimaduras geralmente desaparecem em cerca de quatro semanas, mas podem levar meses para sumir. A prevenção é simples, mas exige atenção: é preciso lavar muito bem as regiões que tocaram as frutas antes de tomar sol. "É comum ver pessoas que mexem com um limão e, em seguida, colocam a mão na cintura. Antes de ir para o sol, elas lavam as mãos, mas se esquecem da cintura, e ganham uma mancha nessa área", diz o dermatologista Luís Fernando Tovo.
 
Desidratação
Quando o organismo perde mais água do que ganha, o funcionamento das células, sensível à falta de água, começa a falhar. Os sintomas da desidratação vão desde secura da pele e da boca até convulsões e coma. Consumir cerca de 1,5 litro do líquido por dia ajuda a manter o corpo hidratado. 
 
Brotoeja
Usar protetor solar é fundamental, mas igualmente importante é saber que tipo de produto aplicar: creme, gel, ou spray. O uso excessivo de filtro em creme pode obstruir as glândulas sudoríparas, o que provoca o aparecimento de bolinhas vermelhas na pele, sintomas de uma inflamação conhecida como brotoeja. "Para quem tem pele oleosa, filtro solar em spray ou em gel é uma boa opção", aconselha o dermatologista Luís Fernando Tovo. 
 
Infecções gastrointestinais
As infecções gastrointestinais podem ter origem viral ou bacteriana, e geralmente são adquiridas em praias sem saneamento básico e locais que servem comidas mal conservadas. Essas infecções costumam provocar náuseas, diarreias e vômitos. Para evitá-las, é recomendável consumir alimentos como vegetais, carnes e peixes crus apenas em lugares confiáveis, em que se saiba como as comidas são preparadas. 
 
Dengue
O calor e as chuvas de verão formam o ambiente ideal para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o "Aedes aegypti". Febre e dores do corpo são sintomas da doença. A prevenção é feita com o uso de repelentes contra insetos e o cuidado de esvaziar recipientes com água parada, onde o mosquito costuma colocar seus ovos. Testes de uma vacina conta a doença estão sendo conduzidos em voluntários desde outubro.
 
Melasma
Uma breve exposição ao sol pode desencadear em mulheres manchas castanhas na região da testa, da maçã do rosto e do buço. Trata-se do melasma, condição associada a fatores hereditários e hormonais. O uso diário de protetor solar com base, que oferece uma dupla camada de proteção contra a luz visível, ajuda a evitar o problema. 
 
Hepatite A
Um dos perigos da água de praias poluídas é a contaminação do vírus da hepatite A. A doença que provoca náuseas, vômitos e deixa a pele e os olhos amarelados pode ser prevenida com uma vacina – ainda não coberta pelo calendário de vacinação do Ministério da Saúde.
 
Micose
O calor e a umidade são a combinação perfeita para a proliferação de fungos causadores de micoses, infecções que provocam coceira e manchas brancas ou vermelhas na pele. Manter o corpo seco evita o problema: enxugar-se bem após o banho (principalmente nas regiões das dobras, como axilas e entre os dedos dos pés), não permanecer muito tempo com roupas molhadas e vestir tecidos que favoreçam a transpiração, como o algodão.
 
Conjutivite
A propagação de vírus e bactérias favorece o contágio de conjuntivite. Os sintomas da moléstia incluem vermelhidão, inchaço, coceira e sensação de ardência nos olhos. Lavar bem as mãos antes de tocar os olhos e evitar compartilhar pertences como óculos e toalhas ajuda a prevenir a enfermidade. 
 
Câncer de pele
O tipo de câncer mais incidente do mundo pode ser prevenido com o uso diário de protetor solar. O produto deve ser usado meia hora antes de sair ao sol e reaplicado a cada hora, em caso de exposição intensa. É fundamental se expor ao sol nos horários em que os raios estão mais fracos, antes das 10 e depois das 15 horas. Acessórios como chapéus e óculos de sol (o câncer pode atingir a fina pele da pálpebra) oferecem proteção extra à pele. 
 
Leptospirose
A doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos é mais incidente no verão, por causa dos alagamentos frequentes que facilitam o contato entre a urina e a pele das pessoas. Febre, dor muscular intensa e olhos amarelados são sintomas da enfermidade, que pode evoluir para um quadro grave de insuficiência renal. 
 
 

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