Aécio diz que governo 'se precipitou' sobre violência na Faixa de Gaza

Candidato do PSDB criticou atuação da diplomacia brasileira no episódio. Brasil retirou embaixador de Israel e abriu crise entre autoridades dos países.

Fonte: G1Atualizado: segunda-feira, 28 de julho de 2014 às 12:46
Aécio diz que governo 'se precipitou' sobre violência na Faixa de Gaza
Aécio diz que governo 'se precipitou' sobre violência na Faixa de Gaza

Aécio diz que governo 'se precipitou' sobre violência na Faixa de GazaO candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou neste sábado (26) a atuação da diplomacia brasileira após a ofensiva de Israel que aumentou a violência na Faixa de Gaza. Para o tucano, o governo brasileiro "se precipitou" no episódio.

Aécio Neves falou sobre o tema após participar de ato de campanha na capital paulista ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta reeleição, e do candidato ao Senado por São Paulo pelo PSDB, José Serra.

Na manhã deste sábado, eles caminharam pelo Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, local que antes abrigava o presídio do Carandiru, e também visitaram a Biblioteca de São Paulo, que fica dentro do parque. Em seguida, foram até a III Feira de Tecnológica da Zona Leste, em Itaquera, iniciativa liderada pela Obra Social Dom Bosco.

Na última quarta (23), o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência, considerou "desproporcional" a força usada por Israel e chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta", o que abriu uma crise diplomática.

Depois, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, questionou a retirada do embaixador e chamou o Brasil de "anão diplomático". Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles.

Para Aécio Neves, o governo brasileiro deveria ter dado uma "palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo".

"O Brasil sempre se caracterizou por ter uma política externa de equilíbrio e isso deve retornar a conduzir nossas ações. Em relação a essa última posição [posição a respeito da violência na Faixa de Gaza], acho que faltou equilíbrio. Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as ações do Hamas com lançamento sucessivo de foguetes. Faltou uma palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo. O Brasil se precipitou, ao meu ver", afirmou o candidato tucano.

Para ele, o Brasil perdeu espaço nas negociações sobre questões internacionais e também reduziu sua participação no comércio exterior.

Atuação econômica do governo
O candidato comentou ainda, durante o ato de campanha em São Paulo, análises de instituições financeiras que sugerem que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderá prejudicar a economia. O Santander chegou a pedir desculpas pelo episódio.

"Essas avaliações apontam para a mesma direção: o fracasso da política econômica da atual presidente da república." Para Aécio, a situação mostra que Dilma "perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas" no mercado financeiro.

"Existe algo quando se fala de economia que é essencial: a expectativa. O atual governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, o que prejudica o crescimento", disse o tucano. "Vizinhos nossos, economias muito menos complexas e estruturadas que a nossa, vão crescer mais do que nós crescemos. O governo da presidente Dilma fracassou e eu concordo com a maioria dessas análises: mais quatro anos do atual governo do PT significa mais quatro anos de baixíssimo crescimento", completou

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