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Secretário da ONU pede 'novo rumo' para o planeta

Ban Ki-moon discursou na inauguração do encontro, em Nova York. A presidente Dilma Rousseff também falou no evento desta terça-feira.

Fonte: Globo.comAtualizado: terça-feira, 23 de setembro de 2014 às 14:56

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira (23) aos líderes mundiais para estabelecer um "novo rumo" diante dos perigos do aquecimento global.

Ele discursou na abertura da Cúpula do Clima das Nações Unidas, em Nova York, que conta com a participação de mais de 120 chefes de Estado e de Governo. A presidente Dilma Rousseff também falou durante o evento (leia abaixo).

"A mudança climática é a questão crucial de nossa era. Está definindo nosso presente. Nossa resposta definirá nosso futuro", afirmou Ban no discurso de abertura da reunião em Nova York, onde são esperados anúncios de compromissos que facilitem a conclusão de um acordo na conferência internacional de 2015 em Paris.

O ator Leonardo DiCaprio, que foi nomeado mensageiro da paz da ONU, pediu aos governantes que é preciso acabar com a poluição e que a "mudança climática é a nossa maior ameaça de segurança". "Eu era um dos 400 mil que marcharam em Nova York pela ação climática", disse ele, referindo-se à passeata que aconteceu neste domingo (21) em diversas cidades do mundo.

Enfrentamento não se limita à Amazônia

A presidente Dilma Rousseff destacou medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos para reduzir o desmatamento não somente na região amazônica, mas também no Cerrado. Segundo ela, o país tem contribuído para o aumento da produção de energias renováveis.

"Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira. Estamos cooperando com os países da bacia amazônica em ações de monitoramento e combate ao desmatamento", disse a chefe de Estado brasileira.

Um dia antes, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse em entrevista à agência Associated Press que o Brasil não vai endossar uma iniciativa global antidesmatamento que deve ser anunciada na Cúpula. Segundo ela, o país “não foi convidado a se engajar no processo de preparação” da declaração. Em vez disso, o governo recebeu uma cópia do texto da ONU, que pediu para aprová-lo sem a permissão de sugerir qualquer alteração.

“Infelizmente, não fomos consultados. Mas eu acho que é impossível pensar que pode ter uma iniciativa global para florestas sem o Brasil dentro. Não faz sentido”, disse ela, em entrevista concedida à Associated Press nesta segunda-feira (22).

Charles McNeill, conselheiro-sênior de política ambiental do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) disse que “houve esforços para chegar às pessoas do governo brasileiro, mas não houve resposta”

Trabalhos e promessas
O objetivo da cúpula é compartilhar experiências aplicadas em cada país para reduzir os fatores que provocam as alterações climáticas e definir os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura do mundo suba menos de 2°C. O encontro servirá ainda como prévia da Assembleia-Geral da ONU, que será realizada nesta quarta-feira (24).

Durante todo o dia, os líderes dos países, inclusive o Brasil, vão apresentar seus trabalhos em discursos de até quatro minutos, para anunciar novas ações que estejam implementando em nível nacional, especialmente nas áreas de financiamento; eficiência energética; energias renováveis; adaptação; redução do risco de desastres e resiliência; florestas; agricultura; transporte; poluentes climáticos de curta duração; e cidades.




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