Especialistas debatem sobre a legalização do aborto em audiência pública no Senado; assista

Dados e estatísticas foram apresentados, discutidos e comentados pelos participantes da audiência, que teve como objetivo esclarecer e atualizar as informações sobre o tema.

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 6 de maio de 2015 às 18:56

Na última terça-feira (5), o senador Magno Malta (PR-ES) ouviu diversas opiniões de estudiosos e especialistas que se posicionaram contra e a favor da legalização do aborto no Brasil.

Dados e estatísticas foram apresentados, discutidos e comentados pelos participantes da audiência, que teve como objetivo esclarecer e atualizar as informações sobre o tema.

Citando o professor de psicologia David M. Fergusson, Elizabeth explicou que o estudioso não se guiou por princípios religiosos, mas sim por estudos psíquicos para avaliar os esfeitos psicológicos na mulher. A médica destacou que o pesquisador se surpreendeu com os resultados de seu próprio estudo.

"Este senhor [David] se define a favor da escolha e como ateu racionalista. Para provar que as complicações psicológicas seriam devido a outras causas e não ao aborto provocado, ele planejou um trabalho séríssimo. Acompanhou por 30 anos, 1265 meninas nascidas em 1977 até 2007 e se surpreendeu, porque o resultado foi contrário. O aborto provocado realmente é uma das causas para problemas psiquiátricos", contou.

Confira a apresentação de Elizabeth Cerqueira no vídeo abaixo:

Para justificar a relevância da legalização do aborto, a presidente do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza destacou que a proposta faz parte do apoio às mulheres que sofrem com a violência sexual.

"Houve no Brasil um aumento significativo de situações de estupro. O Brasil é o sétimo país, está em sétimo lugar do ponto de vista da violência contra as mulheres. Para discutir a situação das mulheres que enfrentam a condição de aborto, temos que olhar o contexto em que essas mulheres vivem", disse.

Confira a depoimento de Maria do Socorro no vídeo abaixo:

Já a especialista em Saúde Coletiva e Estratégia de Saúde da Família, Isabela Mantovani contestou o argumento apresentado frequentemente por diversos ativistas pró-aborto, que afirmam que a legalização da prática diminuiria a taxa de mortalidade materna.

"A legalização do aborto tem um efeito nulo na diminuição da mortalidade materna. Não aumenta nem diminui. Não existe correlação de causa e efeito entre os dois", destacou.

Clique no vídeo abaixo para conferir a apresentação de Isabela Mantovani:

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