Em 1 ano, Estado Islâmico já executou mais de 3 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças

O número de execuções não inclui todas as pessoas que morreram como resultado das acções do EI, 'mas apenas aqueles executados por terem cometido 'crimes' sob a autoridade do grupo terrorista.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 23 de julho de 2015 às 14:06
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), o Estado Islâmico tem investido no recrutamento de crianças pela facilidade de promover um tipo de lavagem cerebral nos pequeno
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), o Estado Islâmico tem investido no recrutamento de crianças pela facilidade de promover um tipo de lavagem cerebral nos pequeno

No primeiro ano da 'instalação de um Califado' por seus jihadistas, O Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria sobre a execução de 3.027 pessoas, sendo entre elas, pelo menos 86 mulheres e 76 crianças, conforme foi relatado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR). Alguns analistas têm sugerido que essas execuções são parte de uma "ideologia apocalíptica".

O relatório divulgado no início desta semana aponta as atrocidades que os jihadistas cometeram ao longo do ano passado, uma vez que primeiro invadiram o Iraque em junho de 2014.

O número de execuções não inclui todas as pessoas que morreram como resultado das acções do EI, 'mas apenas aqueles executados por terem cometido 'crimes' sob a autoridade do grupo terrorista.

Esses 'crimes' incluem blasfêmia e espionagem, prática de 'bruxaria', sodomia, ou identificar-se como um muçulmano xiita. Os métodos de execução variaram entre decapitação, apedrejamento, queima de indivíduos vivos, afogamentos em gaiolas, ou pessoas lançadas do alto de edifícios.

O SOHR disse em outro relatório divulgado no último mês de junho que dois meninos menores de 18 anos foram crucificados na Síria, por não terem respeitado o Ramadã - período de jejum previsto no calendário islâmico. Depois da crucificação, seus corpos foram exibidos como um tipo de 'aviso' na cidade de Mayadin (província de Deir Ezzor).

"Aparentemente, eles foram flagrados se alimentando", disse o fundador do SOHR, Rami Abdel Rahman, em uma entrevista.

Todas essas execuções são parte de uma "ideologia apocalíptica da batalha final entre os 'crentes' e os 'não crentes' [na fé islâmica]", sugeriu Jasmine Opperman, o diretor das operações Anti-terrorismo da África do Sul, em um artigo publicado na Fox News.

"O EI está usando as execuções para mostrar a seus seguidores - efetivos e em potencial - que o grupo é o único e verdadeiro representante dos 'crentes' [em Alá], não só em palavras, mas em ações. É por isso que as execuções acontecem de forma tão proeminentes", destacou.

O EI intensificou suas operações em todo o Ramadã, a realização de atos de terrorismo em vários países diferentes, incluindo três ataques separados na sexta-feira da semana passada na França, Tunísia e no Kuwait.

Omid Safi, diretor Centro de Estudos da Universidade Islâmica de Duke, disse ao 'Christian Post' na última quarta-feira (1), que os muçulmanos ao redor do mundo estão "chocados" em ver todos os "ataques violentos e selvagens" realizados pelos jihadistas.

"Mas sejamos claros: O mais vil não é que esses ataques estejam sendo realizados durante o Ramadã. É que eles estão sendo realizadas de de forma geral... que as vidas de seres humanos inocentes estão sendo ceifadas", disse Safi.

O relatório do SOHR destaca ainda que o Estado Islâmico tem 'interesse particular sobre as crianças' e observa que, embora já tenha executado dezenas, o grupo também abriu vários campos de treinamento, onde os meninos novos são ensinados com a ideologia jihadista e recrutados para lutar pelas forças do EI.

O Comitê das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança disse em um relatório divulgado em fevereiro (2015) que os militantes do Estado Islâmico estão explorando as crianças de diversas maneiras.

"Tivemos relatos de crianças - especialmente as que estão com problemas mentais - que foram usadas ​​como 'homens-bomba', provavelmente sem nem compreender direito o que significa isto", disse o especialista Renate Winter. "Houve um vídeo publicado na internet, que mostrava crianças em uma idade muito jovem - cerca de 8 anos de idade e até mais jovens - sendo treinados para se tornarem crianças-soldados", relatou.

Perseguição religiosa
Como já citada, a jihad configura uma espécie de 'guerra santa', na qual militantes - como no caso do Estado Islâmico - impõem sua fé a todos os moradores das regiões / territórios que invadem para ampliar a instalação de seu Califado.

Dentro deste contexto, o cristianismo tem estado constantemente na mira do Estado Islâmico, que já divulgou diversos vídeos e fotos no qual exibe com orgulho a execução de cristãos e se refere a estes como 'O Povo da Cruz: representantes de um evangelho hostil'.

 

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