Boko Haram não será detido até o final de dezembro, assume governo nigeriano

Embora em o presidente Muhammadu Buhari tenha afirmado em junho, suas esperanças de que os militantes seriam expulsos do país até o final deste ano, o comodoro, Yusuf Anas, do Centro de Comunicação de Crise já disse que o prazo de dezembro "é praticamente impossível de se cumprir", segundo a agência 'Associated Press'.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 27 de novembro de 2015 às 17:57
Cidadãos nigerianos buscam pertences em meio aos escombros de uma explosão provocada por terroristas, na cidade de Adamawa. (Foto: Reuters)
Cidadãos nigerianos buscam pertences em meio aos escombros de uma explosão provocada por terroristas, na cidade de Adamawa. (Foto: Reuters)

Um porta-voz do governo nigeriano admitiu que o grupo terrorista islâmico Boko Haram não será derrotado dentro do prazo anteriormente estabelecido (final de dezembro) e alertou aos cidadãos que os ataques suicidas podem continuar.

Embora em o presidente Muhammadu Buhari tenha afirmado em junho, suas esperanças de que os militantes seriam expulsos do país até o final deste ano, o comodoro, Yusuf Anas, do Centro de Comunicação de Crise já disse que o prazo de dezembro "é praticamente impossível de se cumprir", segundo a agência 'Associated Press'.

"A linha do tempo sobre quando os insurgentes seriam impedidos de ativar células adormecidas e detonar bombas em alvos fáceis, em qualquer parte do país, especialmente nos estados da linha de frente, não é mais defensável", acrescentou Anas, advertindo os cidadãos que mais ataques suicidas podem acontecer.

O Boko Haram já matou cerca de 20 mil pessoas e expulsou 2,3 milhões de cidadãos de suas casas, desde que começou seus ataques em 2009, tendo entre suas vítimas, os cristãos, o governo, e todos os que estão em seu caminho.

O grupo, que se autodenomina como o "Estado islâmico da África" continuou a realizar ataques mortais em aldeias, matando centenas de pessoas em ataques suicidas, e seqüestrar milhares de mulheres e meninas.

Buhari recebeu o apoio do presidente dos EUA, Barack Obama em sua guerra contra o Boko Haram, que em julho prometeu doar 5 milhões em financiamento para o exército da Nigéria.

Obama elogiou ainda mais a integridade de Buhari, e disse que o presidente nigeriano tem "uma agenda muito clara para derrotar os extremistas do Boko Haram e de todos os tipos dentro de seu país".

Buhari, um major-general do Exército nigeriano aposentado, tem mobilizado militares de todo o país e chegou a dar duros golpes contra grupo terrorista por um tempo. A agência de notícias AP notou que as forças nigerianas recentemente libertaram mais de 1.000 vítimas de sequestro, quando destruíram vários campos de militantes.

Porém o Boko Haram permanece ativo e os militantes continuam seus ataques em países vizinhos. Na última quarta-feira à noite, eles atacaram uma cidade no sudeste do Níger, matando 18 pessoas e seqüestrando uma menina de 3 anos de idade.

O grupo terrorista prometeu lealdade ao Estado Islâmico no Iraque e na Síria, considerando tambpem que um relatório sobre terrorismo de 2014 observou que o Boko Haram chegou a superar o número de mortes que o EI causou naquele ano.

O Instituto de Economia e Paz da Universidade de Maryland disse em seu Índice de Terrorismo Global de 2015 no início de Novembro, que a Nigéria testemunhou "o maior aumento de mortes relacionadas com o terrorismo já registrado por qualquer país", crescendo em mais de 300% a partir de 2013.

Enquanto o EI estava ligado a 6.073 mortes em 2014, Boko Haram já havia matou 6.664 pessoas no mesmo ano, o relatório observou.

O grupo militante nigeriano tem imitado também em partes a "estratégia do Estado Islâmico" e em março começou a lançar vídeos de decapitações em público e divulgar estas cenas na internet.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições