Boko Haram mata pelo menos 58 em campo de desabrigados na Nigéria

Duplo atentado terrorista deixou mais de 80 feridos no nordeste do país. Vice-presidente condena atentado e diz que vai reforçar segurança em acampamentos.

Fonte: Guiame, com informações da AFPAtualizado: quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016 às 12:15
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Pelo menos 58 pessoas morreram por causa de um duplo atentado suicida que aconteceu na última quarta-feira, 10, num acampamento para desabrigados em Dikwa, nordeste da Nigéria. A autoria do ataque foi assumida pelo grupo terrorista Boko Haram. Além dos óbitos, mais de 80 pessoas ficaram feridas.

"É lamentável que os terroristas sem coração tenham escolhido liberar sua perversidade contra pessoas que buscaram refúgio devido a ataques anteriores que destruíram suas casas", pontuou Yemi Osinbajo, vice-presidente da Nigéria.

Ele também afirmou que a segurança nos campos para deslocados internos no país será reforçada. O acampamento onde o ataque ocorreu abriga mais de 50 mil pessoas.
"Duas mulheres detonaram seus explosivos. Uma terceira desistiu de provocar a explosão quando percebeu que seus pais e irmãos estavam no campo. Ela se rendeu às autoridades", relatou o vice-presidente.

Causa e Efeito

Forças militares nigerianas atacaram três vilarejos considerados redutos do Boko Haram, na semana passada. A ação matou dezenas de extremistas. Centenas de mulheres reféns foram resgatadas. O ataque desta quarta é visto como uma represália.

Nos últimos sete anos, o avanço do grupo extremista na Nigéria e em países vizinhos provocou ao menos 17 mil mortes e forçou cerca de 2,5 milhões de pessoas a deixar suas casas. Nesta quarta, um duplo ataque suicida num vilarejo no norte de Camarões matou dez pessoas e deixou mais de 40 feridos. A ação foi protagonizada por duas meninas com cerca de 13 anos, que teriam sido raptadas e forçadas a trabalhar para o grupo extremista nigeriano, de acordo com fontes locais citadas pela agência Efe.

As duas meninas se explodiram durante um funeral na localidade de Nguetchéwé, no norte dos Camarões, explicou o porta-voz de um grupo de patrulha local, Mahma Oumaté. Para além dos nove mortos, um balanço que inclui as duas suicidas, cerca de vinte pessoas ficaram feridas.

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