O defunto estava vivo

O defunto estava vivo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:55

Rm 6.13: "Não transformem "os membros do seu corpo em instrumentos de iniqüidade; mas como ressurrectos dentre os mortos, transformem os vossos membros em instrumentos de justiça" (paráfrase minha).

Os membros de nosso corpo comunicam ao mundo o conteúdo guardado em nosso armazém interior.

Olho, boca, mão e pé são responsáveis pela logística, empacotamento e entrega do que fabricamos na alma.

Dependendo do que vai nestes pacotes despachamos amor ou ódio no olhar, enviamos carinho ou vingança com as nossas mãos, espalhamos elogios ou maledicência com nossa língua e carregamos nossos alegria ou tristeza em cima de nossos pés manifestos.

Está planejando fazer alguma entrega hoje?

Ou será que já entregou? Qual foi o conteúdo?

No fim de cada dia faça um inventário de tudo o que espalhou por aí. Ao fazer assim, podemos chegar à conclusão que precisamos renovar o estoque interior. O que não era sem tempo.

Rm 6.3,4: Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida".

Esta analogia do batismo com o sepultamento não é uma defesa da forma, mas um incentivo para andarmos de acordo com o seu significado. Estamos no mundo, mas se morremos para ele, não há motivos para manter uma relação vital com o sistema.

O batismo é um convite para participar de uma cerimônia fúnebre, onde o defunto sou eu.

Quando o Filho do homem foi levantado da terra, exerceu um magnetismo tal, que fomos atraídos até ele.

Neste processo de morte foi cortado o cordão umbilical que nos alimentava de nutrientes fabricados pelos sistemas mundanos: ira, facções, partidarismo, inveja, bebedices, intrigas, glutonaria e idolatria. Um grande açougue.

Depois de sepultados e renascidos, nos alimentamos do amor, da paz, da fidelidade, da alegria e da paciência.  

Dependendo da sua estrutura molecular, variadas formas de vida se alimentam de material orgânico, químico ou mineral.

O tipo de material do qual nos alimentamos, denuncia qual é a matéria prima da qual somos feitos: Carne ou espírito.

Quem se habilitar a passar pela cerimônia do batismo deveria ser conscientizado do seu significado.

A fórmula litúrgica correta não transforma o coração, mas o sepultamento da carnalidade é o que realmente vale. O verdadeiro sinal de vida espiritual é a nossa alimentação.

Você tem cara para dizer que morreu com Cristo mesmo se alimentando, vividamente, de ressentimentos, lascívia e murmurações?

Lamento informar que, no seu caso, a doutrina e a liturgia corretas, não passam de maquiagem religiosa.

Quem sabe você foi enterrado vivo!!??

"Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?"

SE O DEFUNTO ESTIVER VIVO, MATA!!!!!!

Ubirajara Crespo é pastor, escritor, conferencista, editor e diretor da Editora Naós.

Visite o Blog sob Nova Direção -  http://sob-nova-direcao.blogspot.com/

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