Relato bíblico sobre Judá pode ser comprovado cientificamente em Israel

Escrituras teriam sido feitas em antigos jarros há cerca de 2.500 anos e estudiosos apontam que este fator pode mostrar o povo de Israel daquela época era mais alfabetizado do que se imagina.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 5 de maio de 2016 às 19:18
Arqueólogo israelense, Prof. Ehud Netzer mostra o fragmento de um jarro de cerca de 2000 anos. (Foto: Reuters)
Arqueólogo israelense, Prof. Ehud Netzer mostra o fragmento de um jarro de cerca de 2000 anos. (Foto: Reuters)

O renomado blog norte-americano sobre ciência e criacionismo 'Respostas em Gênesis' ("Answers in Genesis") afirmou que uma descoberta relativa à análise de uma inscrição feita por por soldados da tribo de Judá sobre cacos de cerâmica, cerca de 2.500 anos atrás, comprova cientificamente a veracidade de mais um fato relatado na Bíblia.

"Os estudiosos têm se aprimorado no conhecimento sobre o nível de alfabetização entre os antigos israelitas. Muitos acreditam que apenas os 'educados' [letrados] - escribas, sacerdotes, membros da realeza e a aristocracia - eram alfabetizados e que a população em geral não sabia ler, nem escrever. Mas esta inscrição aponta que que a alfabetização seria uma necessidade, até mesmo entre a população em geral", escreveu Avery Foley - cientista do 'Respostas em Gênesis' - na última terça-feira (3), em um artigo para o site de outra organização criacionista, a 'Terra Jovem'.

A descoberta em questão refere-se às conclusões publicadas em abril pela Universidade de Tel Aviv (Israel), nos Anais da Academia Nacional de Ciências, que na verdade sugeriu que eram não apenas as elites que sabiam ler.

"Estamos lidando com inscrições feitas por soldados de realmente baixo nível em um lugar remoto", disse Israel Finkelstein, arqueólogo e estudioso bíblico da Universidade de Tel Aviv. "Então deve ter havido algum tipo de sistema de ensino em Judá naquele momento".

Finkelstein sugeriu que o que esta descoberta significa é que as pessoas no reino teriam a capacidade de escrever e montar as partes do Velho Testamento, ainda antes do que se acreditava.

"Há uma discussão acalorada sobre o momento da composição de uma grande quantidade de textos bíblicos, mas para responder a isto, deve-se fazer uma pergunta mais ampla: Quais foram as taxas de alfabetização em Judá, no final do período do Primeiro Templo? E quais foram as taxas de alfabetização depois disso?", propôs o pesquisador.


Exemplos
O blog Resspostas em Gênesis apontou que, de acordo com Gênesis 5:1, mesmo Adão, o primeiro homem da Bíblia, já tinha a capacidade de falar e escrever.

"Considerando que Noé e sua família construíram a Arca, não seria provável que eles também soubessem escrever? Os israelitas foram ordenados a escrever os comandos do Senhor nas ombreiras das portas e fixá-los em suas mãos e testas (Deuteronômio 6: 4-9, 11: 18-20)", continuou.

"Se eles não sabiam ler ou escrever qual seria a finalidade de fazer isso com esses comandos?".

O blog criacionista comandado pelo cientista cristão Ken Ham também apontou que a discussão é importante, uma vez que alguns estudiosos tentaram argumentar que os textos bíblicos não teriam sido escritos antes que os babilônios destruíssem Jerusalém, em 586 aC - o que iria colidir com o testemunho bíblico, que afirma que muitos dos textos foram escritos conforme a história se desenrolava.

"A maioria dos estudiosos bíblicos conservadores acreditam que os registros do Antigo Testamento foram escritos por pessoas a eles associadas ou aqueles que afirmam tê-los escrito", continua o artigo.

"Eles também aceitam que estes livros foram escritos durante o período de tempo que eles relatam ter sido escritos (por exemplo, o profeta Isaías durante os reinados dos pré-exílicos Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias). Se esses livros não fossem escritos até décadas ou mesmo séculos após os eventos acontecerem, a historicidade, precisão e infalibilidade dos textos seriam postos em dúvida, uma vez que eles afirmam ter sido escritos muito mais cedo".

Foley refletiu sobre a descoberta fragmentos de cerâmica em Judá, e argumentou que estes recursos "apoiam a precisão da Palavra de Deus", porque mostram que os israelitas daquela época eram mais alfabetizados do que muitos estudiosos acreditam.

"Se a história nos ensinou alguma coisa, é que, eventualmente, a investigação e a ciência confirmam as Escrituras Sagradas. Nós temos uma compreensão imperfeita e incompleta da história e da ciência, mas a Palavra de Deus foi finalmente escrita pelo Deus que estava lá e que nunca mente (Tito 1:2)", o artigo acrescentou.

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