"Deus não tem medo de coisas novas", diz Papa Francisco sobre homossexualidade na igreja

"Deus não tem medo de coisas novas. É por isso que ele está continuamente nos surpreendendo, abrindo nossos corações e nos guiando de forma inesperada", disse o papa em sua última declaração.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 20 de outubro de 2014 às 00:22

O papa Francisco reuniu alguns bispos católicos neste domingo (19), revelando as mudanças ideológicas sobre a homossexualidade e divórcio. Segundo ele, a igreja "não deve ter medo de mudanças e novos desafios".

Francisco, que já afirmou que quer uma Igreja mais misericordioso e menos rígida, fez seus comentários em um sermão para cerca de 70.000 pessoas na Praça de São Pedro, durante o fechamento cerimonial de um conjunto de duas semanas, conhecida como sínodo.

A sessão do encontro terminou na noite de sábado, com um documento final que aprovou uma aceitação histórica de gays pela igreja católica. "Deus não tem medo de coisas novas. É por isso que ele está continuamente nos surpreendendo, abrindo nossos corações e nos guiando de forma inesperada", disse o papa.

Francisco dedicou maior parte de seu sermão abordando temas como o homossexualismo e divórcio, antes de um encontro definitivo que acontecerá em outubro. Ele disse que a igreja tinha que "responder com coragem a todos os novos desafios que surgem em nosso caminho". Ele falou sobre a coragem um dia depois de dizer aos bispos, em sua última sessão, para terem cuidado com tanta "rigidez hostil" , bem como "destruir a boa vontade" daqueles que buscam a mudança a qualquer custo.

Agora, disse ele, "a Igreja é chamada a não perder tempo em curar as feridas abertas e reacender a esperança de muitas pessoas que perderam a esperança".

O papa, que exortou os bispos a falarem o que pensam de maneira franca, no início da reunião, disse na noite de sábado que ficou "preocupado e triste" porque a discussão não foi honesta durante o encontro.

A contagem de votos, divulgadas pelo Vaticano, mostrou que os artigos que incluíam a versão final relacionadas aos gays, obteve a maioria absoluta de votos, mas não conseguiu obter o voto de dois terços necessários para um amplo consenso. Mas o papa decidiu manter até mesmo os artigos sem os votos totais, excluindo as regras sinodais. Os temas serão discutidos localmente antes de reunião do próximo ano.

Com informações de Reuters
www.guiame.com.br

 

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