Pastor preso por combater demolições de igrejas é liberto na China

Huang Yizi, de 40 anos, viu centenas de igrejas parcialmente ou completamente destruídas.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: terça-feira, 9 de fevereiro de 2016 às 14:07
Pastor Huang Yizi, de 40 anos, preso por ir contra uma campanha de demolições de igrejas. (Foto: Scmp/ Simon Song)
Pastor Huang Yizi, de 40 anos, preso por ir contra uma campanha de demolições de igrejas. (Foto: Scmp/ Simon Song)

Um pastor chinês que foi contra uma campanha de demolições de igrejas promovida pelas autoridades do país, foi libertado de uma detenção conhecida como "prisão negra".

Huang Yizi foi oficialmente preso no dia 12 de setembro de 2015 por "colocar a segurança nacional em perigo", segundo as autoridades. Ele foi acusado de "roubar, espionar, comprar e fornecer ilegalmente os segredos de Estado para as instituições e pessoas de fora do país". Durante esse processo, ele não teve permissão de acessar um advogado ou falar com sua família.

No entanto, a organização humanitária China Aid anunciou na sexta-feira (5) que Huang havia sido libertado, pouco menos de cinco meses após sua prisão.

Yizi, de 40 anos, viu centenas de igrejas parcialmente ou completamente destruídas. Pelo menos 400 igrejas foram afetadas pela campanha, que durou cerca de um ano. As autoridades negaram que as igrejas cristãs estavam sendo alvo de destruição, alegando que, na verdade, estavam tomando medidas contra todas as "estruturas ilegais".

O líder cristão foi condenado diante de um tribunal lotado, na ocasião. "Eu acho que todo o julgamento foi manipulado pelas autoridades", disse Zhang Kai, seu advogado, ao jornal britânico The Telegraph, acrescentando que seu cliente iria recorrer.

O pastor estava entre um grupo de 20 cristãos que também foram detidos nas "prisões negras". Este tipo de detenção não têm um estatuto legal, embora a formulação oficial afirme que os detidos estejam sendo mantidos sob "vigilância residencial em um local projetado". 

O China Aid observou que a tortura é comum, e os presos são impedidos de ter contato ​físico, escrito ou verbal com familiares ou representantes legais.

Até 1.700 igrejas em Zhejiang foram demolidas ou tiveram suas cruzes removidas campanha do governo chinês, com o suposto objetivo de remover as "estruturas ilegais". No entanto, a ação é amplamente vista como um movimento para combater a crescente influência do cristianismo no país.

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