Muçulmana que fugiu de casa depois de se converter revela que ainda vive com medo

Rifqa Bary, ganhou as manchetes americanas em 2009, quando fugiu de sua família muçulmana depois de se converter ao Cristianismo. Seis anos depois de sua fuga, ela escreveu um livro e revela que ainda vive com medo, mas não se arrepende de sua decisão.

Fonte: Guiame, com informações de Daily MailAtualizado: quinta-feira, 21 de maio de 2015 às 20:47
Rifqa Bary passou dois dias presa, sob ameaças de seus pais, por se converter ao cristianismo.
Rifqa Bary passou dois dias presa, sob ameaças de seus pais, por se converter ao cristianismo.

 

Rifqa Bary, ganhou as manchetes americanas em 2009, quando fugiu de sua família muçulmana depois de se converter ao Cristianismo. Seis anos depois de sua fuga, ela escreveu um livro e revela que ainda vive com medo, mas não se arrepende de sua decisão.

Nascido no Sri Lanka, Rifqa se mudou com sua família para os Estados Unidos em 2000, quando tinha 8 anos de idade. O suposto objetivo era procurar tratamento médico depois de um acidente com um avião de brinquedo, que a deixou cega no olho direito.

Aos 12 anos, Rifqa se tornou uma cristã secreta. Quatro anos depois, quando seus pais muçulmanos descobriram sua conversão, a adolescente fugiu da casa em Ohio, e buscou refúgio na Flórida.

Agora Rifqa tem 22 anos, é uma estudante universitária de filosofia e vive em um local não revelado por medo de represálias.

Em seu livro, "Hiding in the Light" (Se Escondendo na Luz, em tradução livre), disponível apenas na versão americana, a jovem revela que foi molestada quando criança por um membro de sua família - um incidente que motivou seus pais a deixarem o Sri Lanka e se mudar para os Estados Unidos.

"Em algumas culturas muçulmanas, como a minha, esse tipo de violação é uma grande desonra," Bary explica. "No entanto, a pena não está ligado ao agressor; mas é lançada sobre a vítima".

"Então eu não só eu era vista aos olhos dos meus pais como uma cega imperfeita, mas era também uma desgraça vergonhosa para o nome da família Bary. Minha simples presença manchava o mais importante de tudo - a honra da nossa família". 

Depois que as autoridades descobriram a identidade de seu pastor e o ameaçou, Rifqa se entregou à polícia e passou dois dias atrás das grades. Seu pai ameaçou matá-la por causa de sua conversão, e sua mãe ameaçou mandá-la para uma instituição de deficientes mentais no Sri Lanka.

Ao retornar para Ohio, Rifqa foi diagnosticada com um raro tipo de câncer de útero, e foi dado a ela um ano de vida. Depois do tratamento de quimioterapia e várias cirurgias para retirada do tumor, Bary foi curada.

Hoje ela tenta levar uma vida normal, mas diz que o medo de retaliação está sempre perto. "Eu ainda sinto que minha vida está em perigo", diz ela. "Eu não vivo com medo o tempo todo, mas eu ainda tenho que ser sábia e prudente." 

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