Imagem do garotinho sírio morto em praia choca o mundo e revela crueldade da crise migratória

"Se estas imagens não mudarem as atitudes da Europa com relação aos refugiados, o que mudará?", questiona jornal britânico

Fonte: Guiame, com informações do G1Atualizado: quinta-feira, 3 de setembro de 2015 às 13:51
Garoto sírio na praia
Garoto sírio na praia

Em uma praia em Bodrum, na Turquia, um garotinho sírio foi encontrado morto após o naufrágio de duas embarcações com imigrantes.

No naufrágio, pelo menos nove sírios morreram, de acordo com a AFP. Segundo autoridades locais, as embarcações partiram de Bodrum e seguiam para a ilha grega de Kos.

A cena é chocante, triste. O pequeno Aylan Kurdi, de apenas três anos, se tornou símbolo da realidade de muitos imigrantes que se arriscam em travessias para o continente europeu, fugindo de pobreza, conflitos, violência e perseguição.

"Se estas imagens com poder extraordinário de uma criança síria morta levada a uma praia não mudarem as atitudes da Europa com relação aos refugiados, o que mudará?", questiona jornal britânico Independent. "Enquanto os líderes europeus progressivamente tentam impedir refugiados e imigrantes de se acomodarem no continente, mais e mais refugiados estão morrendo em seu seu desespero para escapar da perseguição e alcançar a segurança".

Para o periódico Washington Post, a imagem revela 'o mais trágico símbolo da crise de refugiados do Mediterrâneo'.

Desde a Segunda Guerra Mundial, o mundo enfrenta a pior crise de refugiados, segundo organizações como a Anistia Internacional e a Comissão Europeia.

Mais de 350 mil imigrantes atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro deste ano e mais de 2.643 pessoas morreram no mar quando tentavam chegar à Europa, segundo dados da OIM (Organização Internacional para as Migrações). Quase 220 mil chegaram à Grécia e quase 115 mil, à Itália. Mais de 2 mil chegaram à Espanha e uma centena a Malta. O número no decorrer de 2015 supera com folga o total de 2014, quando 219 mil migrantes tentaram atravessar o Mediterrâneo.

Alguns países europeus têm se fechado para os refugiados e criado até barreiras com arame farpado, como é o caso da Hungria. Em contrapartida, países como a Grécia e Itália, por exemplo, têm recebido cada vez mais migrantes.

A Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS) tem um trabalho específico voltado aos refugiados. Você e toda a Igreja podem fazer parte desse projeto. Conheça a MAIS e ajude!

Policial carrega o corpo do garoto sírio
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