"Estado Islâmico ainda tem armas para lutar por até dois anos", alerta ONU

Segundo o relatório mais recente da ONU, o grupo terrorista poderia continuar lutando com "armas menores", mesmo após ataques aéreos, liderados pelos EUA.

Fonte: guiame.com.brAtualizado: quinta-feira, 20 de novembro de 2014 às 11:44
"Estado Islâmico ainda tem armas para lutar até dois anos", alerta ONU
"Estado Islâmico ainda tem armas para lutar até dois anos", alerta ONU

"Estado Islâmico ainda tem armas para lutar até dois anos", alerta ONUUm novo relatório das Nações Unidas alerta que a organização terrorista Estado Islâmico tem armazenado armas menores e munições o bastante para permitir que o grupo continue a lutar sua guerra por mais dois anos, mesmo que os ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos continuem a agir contra os armamentos e veículos mais pesados.

Embora a coalizão liderada pelos Estados Unidos tenha usado ataques aéreos para tentar deter os avanços dos militantes e destruir seu veículos, armas e fontes de receitas, o relatório, que foi elaborado para o Conselho de Segurança das Nações Unidas e foi lançado na última segunda-feira, descobre que futuro esforços da coalização "não podem mitigar os efeitos do volume significativo de armas 'ligeiras' (menores) do ISIS".

"De acordo com diferentes fontes, as quantidades de armas pequenas e munições iraquianos capturados pelo ISIS são suficientes para permitir que o grupo continue lutando nos níveis atuais por seis meses ou até dois anos", afirma o relatório.

De acordo com o relatório, "a receita da rede ISIS e grandes reservas de armas e munições fornecem ao grupo mais mobilidade e poder de permanência dentro de seus territórios controlados no Iraque e na Síria, e também dá aos lutadores a capacidade de defesa contra aeronaves voando baixo".

O Estado Islâmico adquiriu a maioria das armas através de suas tomadas de territórios das forças do governo iraquiano, segundo o relatório conclui. Das armas do governo iraquiano apreendidas, apenas algumas foram recentemente produzidas, mas muitas das armas tinha sido guardadas desde os anos 80 e 90.

Os militantes tomaram as armas do governo iraquiano em ações no Anbar, Diyala e nas províncias de Salah al-Din, bem como ações nas cidades de Mosul e Kirkuk. O relatório afirma ainda que 30% dos soldados iraquianos não coloca-se em uma luta contra o ISIS, considerando que eles abandonaram suas posições e abandonaram suas armas.

"Eles [ISIS] apreenderam meios militares de exércitos convencionais", diz o relatório. "A escala dessas apreensões pode ser notada por referir que o grupo, em junho de 2014, tinha veículos, armas e munições suficientes para armar e equipar mais de três divisões do exército iraquiano."

A "grande parte" do atual armamento iraquiano apreendido pelo ISIS foi capturado depois de Junho de 2014, de acordo com o relatório. O grupo terrorista também está contrabandeando armas novas, através da fronteira com a Turquia para a Síria. Os ex-combatentes ISIS afirmam que o governo turco tem colaborado, deixando forças do ISIS atravessarem livremente a fronteira.

Embora não haja uma estimativa concreta para a quantidade de armas convencionais atualmente sob controle do Estado islâmico, o relatório estima que o tamanho do arsenal do grupo terrorista se assemelha ao de força militar de um país real. O relatório também confirma que o ISIS tem mais armamentpo suficiente do que as forças de oposição, como a Unidade Curda de Proteção do Povo.

"Os Estados-Membros concordam que as quantidades apreendidas são superiores aos necessários para uma milícia, e são mais semelhantes aos de uma força militar", afirma o relatório.

No Arsenal do ISIS também haveria mísseis, foguetes, lançadores de foguetes, canhões antiaéreos, duas variedades de tanques e centenas de veículos multiuso de alta mobilidade.

O relatório também examina as várias maneiras em que o Estado Islâmico traz em sua receita contínua. O relatório estima que o grupo pode levantar em qualquer lugar a partir de 846 mil dólares para mais de 1,6 milhões dólares por dia fora com as vendas de petróleo bruto produzidos a partir de refinarias nos territórios capturados. Embora o grupo terrorista controle campos de petróleo no Iraque, o relatório afirma que a maior parte de sua receita do petróleo é produzida na Síria.

Arquivo
Conhecido como "EI" (Estado Islâmico), o grupo terrorista vem tomando diversas cidades do Oriente Médio, buscando criar um califado, no qual a religião oficial é o Islamismo. Desta forma, ao tomar o território, o grupo obriga que todos declarem a fé islâmica e usa de extrema violência contra os que não concordam em negar sua própria fé.

Diversos vídeos nas mídias sociais têm chocado o mundo, com cenas de tortura e chacinas, promovidas pelo grupo.

Com informações do Christian Post

*Tradução por João Neto - www.guiame.com.br 

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