Cristãos desafiam Estado Islâmico e evangelizam muçulmanos durante o Ramadã

Apesar do Estado Islâmico ter alertado que o período do Ramadã seria "sangrento", cristãos egípcios estão partindo o pão com seus vizinhos muçulmanos.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: sexta-feira, 23 de junho de 2017 às 12:54
Cristãos e muçulmanos se assentam à mesma mesa para jantar e conversar, ainda no período do Ramadã. (Foto: Reuters)
Cristãos e muçulmanos se assentam à mesma mesa para jantar e conversar, ainda no período do Ramadã. (Foto: Reuters)

Em uma bela demonstração de solidariedade, os cristãos no Egito estão partindo o pão com seus vizinhos - sobretudo muçulmanos - para demonstrar o amor de Jesus, apesar de uma recente série de ataques do Estado islâmico contra sua comunidade.

Em maio, homens armados do Estado Islâmico abriram fogo em um ônibus, que levava um grupo de cristãos coptas a um mosteiro, matando pelo menos 29 pessoas, entre adultos, idosos e crianças. O ataque seguiu o bombardeio de duas igrejas cristãs no Domingo de Ramos - ataques estes também de responsabilidade do Estado Islâmico, que deixaram mais de 100 pessoas mortas ou feridas.

Dias antes do início do mês do Ramadã - que vai de 26 de maio a 24 de junho - o Estado Islâmico alertou que este seria um período "sangrento para os infiéis" (cristãos e judeus, por exemplo). Mas a violência não impediu os cristãos coptas de continuarem com uma tradição antiga de preparar refeições diárias para os muçulmanos em suas comunidades durante todo esse período.

De acordo com o Christian Post, os coptas estão montando mesas nas ruas, perto de suas casas e servindo refeições caseiras gratuitas para as pessoas que passam e já estão parando com o jejum naquele dia.

"Eles convidaram a mim e meus filhos e fiquei surpreso", disse Tarek Ali, um muçulmano que mora na região. "Eles colocaram a mesa na rua, sem se importar se somos muçulmanos. Eles puxaram a todos que estavam quebrando o jejum para se sentar à mesa".

Enquanto os coptas, que representam cerca de 10% da população egípcia (92 milhões), estão sendo marcados como alvos, após a recente série de ataques, estes cristãos também estão se recusando a deixar que o medo os impeça de compartilhar o amor de Jesus.

"Eu criei o filho deste homem (ao lado de meu próprio filho) e ele é muçulmano", disse Dawoud Riyad, um cristão que servia as refeições no Cairo, enquanto apontou para um vizinho. "Todos vivemos na mesma praça, todos somos amigos".

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