Por que Marina?

Poderia começar dizendo que Marina é evangélica, mas isso não é prerrogativa para cargo público. Se governa com justiça e com valores, mas se governa um povo sem raça, cor ou credo. Se governa um país inteiro sem distinção de crenças. Ela não será a presidente dos evangélicos, mas do Brasil.

Poderia também dizer que Marina é uma vencedora da vida. Nascida no Acre, família de 11 irmãos, criada no seringal, perdeu a mãe aos 14 anos e aos 15 anos contraiu malária. Seu primeiro trabalho foi como empregada doméstica, teve inúmeros problemas de saúde. Mas ainda assim, ela não é um caso isolado, creio que o Brasil possui inúmeras histórias inspiradoras como estas.

Poderia dizer que Marina é uma educadora, apesar de ser analfabeta até os dezesseis anos. Formou-se professora em 1984, e depois especializou-se em teoria psicanalítica e psicopedagogia, pela Universidade Federal de Brasilia, mas ainda assim, outros trilham este caminho árduo da educação superior no país.

Poderia dizer que Marina galgou em sua vida política os passos adequados que fazem dela uma estadista, da vereança ao senado, sempre manteve suas convicções, apesar dos partidos pelos quais passou e pelas suas ideologias. Chegou ao ministério do meio ambiente, e dali para o mundo. Pois abriu as olimpíadas de Londres ao lado de pessoas como Ban Ki-moon, secretário geral da ONU e vários prêmios Nobel.

Enfim, poderia citar inúmeros atributos que fazem de Marina uma pessoa de confiança para administrar a nação, mas nenhum destes citados acima se tornam suficientes, sem o primordial; Marina é uma heroína, uma não-desistente, alguém perseverante. Gente pra quem obstáculo é a oportunidade de fazer melhor. E é dessa qualidade de líder que o Brasil precisa hoje. A política em si não é má, ruim são os maus políticos. Coisa que definitivamente Marina não é!

- Bruno dos Santos